A evolução na área de Inteligência Artificial tem sido monumental, provendo avanços que permeiam diversas esferas da sociedade. Entretanto, ao passo que as criações de IA tornam-se sofisticadas, também se embrenham em um território de mistérios e incertezas, onde até mesmo seus criadores contemplam com surpresa e, por vezes, preocupação.
À medida que mergulhamos em uma era onde o digital e o humano estão intrinsecamente conectados, cabe uma reflexão: até que ponto compreendemos as entidades inteligentes que estamos criando?
A WebShare preparou este artigo para que possamos discutir sobre este assunto. Vem explorar conosco os meandros da inteligência artificial e entender porque esta questão é tão pertinente e urgente.
O que é inteligência artificial generativa?
Quando falamos sobre inteligência artificial, estamos nos referindo a sistemas capazes de aprender, adaptar-se e executar tarefas de maneira autônoma, muitas vezes superando a eficiência humana.
A inteligência artificial generativa, por outro lado, dá um passo além, criando conteúdo novo, original e, em muitos casos, indistinguível do que seria criado por uma mente humana. Esta vertente da IA gera novas informações, sejam elas textos, imagens ou até mesmo músicas, através do aprendizado de padrões e estruturas previamente existentes, podendo assim criar algo “novo” a partir deles.
Principais modelos de IA Generativa
Existem inúmeros modelos de IA Generativa, mas os principais são o ChatGPT-4 e o Google Bard. Solicitamos a eles mesmos que se definissem. Veja abaixo as respostas:
Esses modelos evoluem continuamente, caso façamos a mesma pergunta daqui alguns meses, a resposta, tanto do Chat GPT-4 quanto do Bard, com certeza será mais completa.
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Declarações inquietantes de especialistas em Inteligência Artificial
A tecnologia tem a capacidade de tanto elevar quanto degradar a sociedade, dependendo de como ela é aplicada e gerenciada. A inteligência artificial, sendo uma ferramenta tão poderosa, é objeto de intenso debate entre os especialistas, com alguns propondo uma pausa cautelar no desenvolvimento até que mais estudos e regulamentações sejam estabelecidos.
Elon Musk: a corrida desenfreada da IA
Elon Musk tem sido uma voz constante e cautelosa no mundo da Inteligência Artificial. Co-fundador da OpenAI, ele foi um dos signatários de uma carta aberta pedindo uma pausa no desenvolvimento de IAs gigantes. Musk e outros solicitam um período de seis meses para que as potencialidades e perigos de sistemas como o GPT-4 possam ser adequadamente estudados e mitigados.
A ênfase de Musk na impossibilidade de compreender completamente ou controlar de forma confiável esses sistemas “gigantes” de IA ressoa profundamente no campo, destacando um futuro potencialmente imprevisível e indomável se não for regulamentado corretamente.
Sam Altman: revisão e crescimento controlado
Sam Altman, também co-fundador da OpenAI, trouxe à tona a ideia de que deveríamos inserir uma revisão independente antes de prosseguir com o treinamento de futuros sistemas de IA.
Altman sinaliza que os esforços de IA, especialmente os mais avançados, deveriam chegar a um consenso para limitar a taxa de crescimento do computador utilizado para criar novos modelos, denotando uma atitude responsável e ponderada em relação à evolução da IA.
A necessidade de uma análise externa previamente indica um reconhecimento das implicações desconhecidas que a IA pode ter sobre o mundo.
Jaron Lanier: focando em ética e responsabilidade
Jaron Lanier, enquanto cientista da computação e compositor, exibe um olhar crítico sobre a ética no desenvolvimento da IA. Seus pensamentos sobre o desenvolvimento ético da inteligência artificial ressaltam a importância de reconhecer os direitos e dignidades das entidades que estão sendo utilizadas para alimentar as redes de IA.
Lanier salienta a preocupação com o respeito à autonomia e privacidade dos indivíduos cujos dados são usados, sinalizando que o avanço tecnológico deve ser construído sobre uma fundação de respeito e responsabilidade mútua.
Yuval Harari: interseção da IA e humanidade
O historiador e autor Yuval Harari expressa preocupações profundas sobre como a inteligência artificial pode alterar a estrutura fundamental da sociedade humana. Harari postula que a IA, especialmente quando entrelaçada com a biotecnologia, tem o potencial de minar nossas percepções de humanidade e redefinir o que significa ser humano.
A perspectiva de sistemas de IA que podem entender, manipular e até superar as capacidades humanas gera questões éticas e filosóficas profundas que a sociedade como um todo precisa abordar para evitar futuras discrepâncias éticas e societais.
Evgeny Morozov: o problema das soluções tecnológicas
O pesquisador e autor Evgeny Morozov levanta preocupações pertinentes sobre os perigos daquilo que ele chama de “solucionismo tecnológico” – a crença de que a tecnologia, neste caso, a inteligência artificial, pode ser a resposta para todos os problemas da sociedade.
Morozov discute que confiar na IA para resolver questões societárias pode não apenas ser inadequado, mas também potencialmente perigoso, uma vez que soluções tecnológicas nem sempre abordam as causas subjacentes dos problemas e, muitas vezes, introduzem novos problemas e complicações.
A ênfase de Morozov no pensamento crítico sobre a aplicação da tecnologia sublinha a necessidade de abordagens mais holísticas para resolver os desafios sociais.
Michelle Donelan e a regulamentação da IA
Michelle Donelan, a secretária de ciência, inovação e tecnologia, destacou que a abordagem do governo do Reino Unido em relação à regulamentação da Inteligência Artificial é focada em coordenar reguladores existentes, oferecendo cinco “princípios” através dos quais eles devem pensar sobre IA.
Esta abordagem foi criticada por deixar lacunas significativas que poderiam deixar danos sem resposta e é considerada insuficiente em relação à urgência e escala do desafio imposto pelas IAs.
Estas perspectivas de especialistas iluminam as multi-facetadas implicações e preocupações éticas que a inteligência artificial está começando a moldar na sociedade contemporânea, demonstrando a necessidade imperativa de um desenvolvimento e implementação ponderados e éticos da IA.
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